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Tecido Social Correio Eletrnico da Rede Estadual de Direitos Humanos - RN N. 009 – 08/11/03 4jv4x

ENTREVISTA

Nalu Faria

(Organizao Feminista "Sempre Viva" e Marcha Mundial das Mulheres)

Por Antonino Condorelli

Como vai poder se levar mesa da discusso poltica e social o tema dos direitos das mulheres?

Um dos palestrantes da conferncia sobre a Alca de ontem (sexta-feira 7 de novembro, n. d. r.) disse que uma das novidades da luta dos movimentos populares dos ltimos anos o nosso posicionamento geral contra o imperialismo. Durante muitos anos, no Brasil, ficamos nos ocup! ando da agenda de direitos. Ns no somos contra esta agenda, mas se ela no estiver articulada com uma mudana do paradigma econmico dominante os direitos ficam muito s. Eu sempre me pergunto: qual a minha capacidade de ter ganhos efetivos na sade da mulher hoje se a sade est destroada? Ento o primeiro recuperar a capacidade de ter um bom sistema de sade de o universal. Qual a eficcia das polticas de sade se a nutrio e a alimentao hoje em dia so um problema para milhes de mulheres? Na minha opinio, temos que vincular cada vez mais as nossas lutas locais e os ditos direitos especficos a uma mudana global. Acho que essa a grande novidade deste momento histrico: a gente ter recuperado a legitimidade de falar de mudana geral e no s de questes ou vitrias especificas.

Que estratgias podem viabilizar uma mudana cultural sobre o papel da mulher na sociedade e os seus direitos?

A estratgia da Marcha Munal das Mu! lheres construir um movimento muito forte que chegue aos setores mais diversos, que tenha uma grande capacidade de mobilizao, que construa uma identificao coletiva. Ao mesmo tempo, ns tentamos nos articular com os movimentos sociais para que eles levantem entre as suas reivindicaes as nossas bandeiras. A campanha pelo salrio mnimo justo foi um exemplo. Nosso raciocnio foi este: se ns conseguirmos um aumento progressivo do salrio mnimo, isso vai representar uma mudana to grande na maioria das mulheres no Brasil que vai possibilitar criar uma identificao desta vitria especfica com a nossa luta geral. Portanto, lutar pelo salrio mnimo no Brasil hoje uma agenda feminista, a luta pelo salrio mnimo justo uma luta feminista, primeiro porque a maioria das pessoas que ganham salrio mnimo so mulheres e segundo porque esta luta se insere em uma perspectiva global de fortalecimento dos direitos das mulheres.

A modelo de organizao e participao democrtica de fruns como este pode representar uma alternativa concreta ao modelo social dominante?

Um dos efeitos perversos dos processos de transformao dos movimentos comeado nos anos 80 foi a institucionalizao deles que criou uma distncia com as bases sociais e um olhar mais voltado para as instituies multilaterais, para a avaliao destas ltimas j que eram elas que estavam propondo as polticas de reajuste. O que Frum Social Mundial, os fruns locais e agora este Frum Brasileiro trouxeram foi a presena de novos sujeitos sociais que antes no reivindicavam, foi a capacidade de rever as nossas formas de organizao, recuperar a legitimidade da mobilizao pblica, da ocupao de espaos pblicos, da realizao de campanhas... A grande novidade desta luta que ela no s para interferir nas polticas do Banco Mundial ou do FMI, mas mobilizar a populao para causas comuns, construir uma alternativa vivel ao neoliberalismo. No pode ir que os nossos governantes modifiquem a realidade, ns temos que modificar os nossos governantes tambm.

Veja tambm:
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